30 abr Por que ler em português é importante para o desenvolvimento infantil? O exemplo da Morgana Secco e de sua família
Estudos e exemplos práticos demonstram que a leitura de livros infantis, com afetividade e constância, é um dos fatores externos de maior impacto no desenvolvimento da linguagem infantil. Conversas cotidianas em português são boas fontes de vocabulário, mas não bastam. #LeiaEmPortuguês para suas crianças.
Em estudo empírico publicado em 2019, em uma das mais reputadas revistas de pediatria, o Journal of Developmental & Behavioral Pediatrics, pesquisadores nos Estados Unidos chegaram à conclusão de que a prática de leitura de livros infantis é um recurso poderoso para a expansão do vocabulário infantil. Conversas não bastam. Livros são lexicalmente mais diversos do que os diálogos cotidianos entre cuidadores e crianças.
Ainda, segundo esta pesquisa, cuidadores que leem, ao menos, um livro ilustrado todos os dias com as crianças apresentam a esses pequenos cerca de 78.000 palavras por ano. Ao longo dos cincos anos anteriores à entrada no jardim de infância, estima-se que as crianças em processo de alfabetização tenham escutado quase 1,5 milhão de palavras a mais durante a leitura de livros do que aquelas com quem não se compartilha a leitura.
Mas há exemplos práticos que nos mostram esse mesmo resultado em famílias brasileiras? Sim! Impossível falar desse tema e não se lembrar da pequena (e gigante) Alice, filha da querida Morgana Secco. Com apenas dois anos, ela viralizou na internet brincando de falar “palavras difíceis”.
Não precisa procurar muito para compreender: é na parentalidade praticada em seu núcleo familiar que estão os elementos que potencializam o desenvolvimento do vocabulário infantil. Nos vídeos publicados, é possível observar que os pais conversam bastante com Alice. São ouvintes atentos e interessados, repetem com frequência suas falas, validam a informação passada e a atenção prestada, utilizam a linguagem correta, pronunciando de forma adequada as palavras e sem apontar seus “erros”.
Além disso, incentivam o livre brincar e… estão sempre muito bem acompanhados por livros infantis, que fazem parte da rotina da família e também da decoração da casa. Com relação a livros, sua mãe, Morgana Secco, contou para gente que costumavam mostrar livrinhos de contraste para a Alice, antes mesmo do seu primeiro mês de vida. E, quando a Alice tinha entre quatro e cinco meses, já liam livros para ela. A prática segue fazendo parte da rotina diária da família.
“Quando ela era menor, eram várias vezes por dia. Agora, que passa boa parte do dia na creche, às vezes. Até lemos durante o dia, mas a maioria dos dias é antes de dormir. Já na creche, ela tem a hora da história (que ela ama) e tem livros disponíveis (que ela fica lendo).”
Uma curiosidade que a Morgana nos contou é que a família não limita a escolha dos livros à indicação etária. “Estamos lendo Alice no País das Maravilhas para ela, por exemplo, mas vai um capítulo por vez.” Acrescenta ainda que toda a família curte a leitura, o que, sem dúvida, é um exemplo que ajuda na manutenção do hábito em seu futuro.
Há evidências científicas e bons exemplos na prática, como o de Alice, para afirmar que os livros são fortes aliados no desenvolvimento da linguagem. Vamos juntas?
#leiaemportuguês